Conheça o Controle Integrado das Pragas da Bananeira

Nos últimos anos, a retomada do projeto para controle integrado das pragas da bananeira, desenvolvido pela Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), está sob a chefia do pesquisador José Milanez e já apresenta ótimos resultados práticos. O êxito dos experimentos se deve também à integração entre a empresa e as associações de produtores de banana dos municípios de Corupá e Luis Alves (SC), que vinham registrando altos índices de devolução de suas cargas de exportação devido à presença de pragas nos frutos.

A partir da comprovada eficácia da técnica de ensacamento das plantas no combate às pragas, como as lagartas e a tríplice da ferrugem, as pesquisas atingiram um segundo estágio, implementando o uso dos plásticos impregnados com produtos químicos nos cachos ainda em flor. De acordo com o pesquisador Luis Alberto Lichtenberg, integrante da equipe, os experimentos já provaram que, quanto mais cedo se ensaca as bananeiras, maiores são as chances de sucesso. Ele ressaltou ainda outro importante desdobramento:

"O ensacamento precoce das flores com a presença de inseticidas controla, por exemplo, a tríplice da erupção. O fato é que esses sacos impregnados estão disponíveis no mercado, porém não atendem à demanda porque são muito caros. Encontramos uma alternativa, recortando-os em tiras, amarrando-as como gravatas nos cachos, e utilizando sacos de tnt ou plástico comum para a cobertura. Além de funcionar a contento, diminuiu consideravelmente o custo do processo, o que o torna mais acessível aos plantadores" afirma.

No entanto, ensaios mais específicos sobre os diferentes níveis de eficiência e aplicabilidade das técnicas também têm sido realizados. A maior complexidade desses estudos exige uniformização de material de experimentação, bem como georeferenciamento das plantas. E já se sabe que até mesmo a coloração dos sacos utilizados tem efeitos no desenvolvimento dos cachos. Os mais escuros são ideais para o inverno, já os claros e leitosos se aplicam melhor nos meses mais quentes.

A estimativa inicial de duração das análises do projeto é de quatro anos, portanto a consagração da sua atual fase, na área de inseticidas produzidos a partir de extratos vegetais, é apenas uma questão de tempo. Os profissionais da Epagri já estão testando nos bananais diversos produtos naturais à base de pimenta, pimenta-do-reino, alho, fumo e nim indiano. Até o momento, um dos mais bem aceitos tem sido o hotnim, produto à base de nim, e a grande expectativa é que em pouco tempo, essas inovações sejam largamente difundidas em todo o território nacional.


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